terça-feira, novembro 30, 2004
23:08 |
É o seguinte... falta um ano e meio pra me formar, e eu não me sinto ainda um profissional da área do jornalismo. Na verdade, nunca me senti. Vou chegar lá fora, na selva, e continuar sendo estagiário, por anos e anos, mesmo com o canudo na mão. Tudo isso porque me faltou um empurrãozinho pra ser acadêmico de verdade, pra sugar meu curso até a última gota, pra me formar como JORNALISTA. Mas sei também que essa culpa não é do curso, nem dos professores, é apenas minha, porque eu não me empenhei o suficiente. Sempre tenho minha defesa/desculpa, que é o fato de eu morar em Blumenau, e ter que ir e voltar todo dia da faculdade que é em Itajaí, chegando sempre atrasado e saindo mais cedo que deveria, não tendo tempo pra nada. Mesmo assim, fiz o que agüentei... trabalhei como voluntário da Rádio Univali no programa Pirão Catarina e no Unirepórter, fiz amizades ótimas lá e adquiri uma ótima experiência. Mas todo mundo sabe que é muito difícil trabalhar de graça, principalmente quando se existe apenas um ônibus pra viajar da sua cidade até a cidade onde você estuda, e você precisa ficar das 13h30 até as 22h30 na faculdade. Assim, acabei largando prematuramente ambos os estágios. Também fui voluntário na educação de crianças carentes no Lar Padre Jacó, ali perto da Univali mesmo, perto do teatro Municipal, e trabalhando – também voluntariamente – como Assessor de Imprensa lá. Essa tentativa deu mais certo, e eu passei cerca de um ano lá. E já trabalhei de graça até mesmo em estabelecimentos comerciais, como em um jornal de Itapema, onde me ofereci para trabalhar apenas pela experiência, e fiquei lá sem ganhar nem um tostão. Todas essas experiências eu digo pra vocês que valem a pena. Trabalhar de graça é coisa sem sentido, é humilhar a classe de jornalistas, é estupidez? Talvez... mas foi essa minha estupidez que me ensinou a maior parte das coisas que eu sei hoje, e que abriu algumas portas pra mim. Não me arrependo de nada disso, porque mesmo não me sentindo pronto para enfrentar o mercado hoje, sei que se não tivesse feito nada disso, se tivesse guardado o meu serviço pra quando alguém resolvesse me pagar, eu estaria ainda menos preparado que estou. Então ta aí o meu conselho... suguem tudo que puderem dessa faculdade. Se vocês puderem se dar a esse pequeno luxo de trabalhar de graça, o façam, pois serão recompensados. Se ficarmos esperando por aprender dentro da sala de aula, estamos todos ferrados. Por Fábio Ricardo Estudante do 7º período de jornalismo |
Fábio Ricardo |
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Fábio Ricardo
24 anos
Jornalista
Editor Assistente da Mundi Editora
Baixista da banda Fodzillas
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Blumenau - SC
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